quinta-feira, 2 de junho de 2011

A História da Psicologia na Bahia e no Brasil

A História da Psicologia no Brasil

Até o início do século XIX, não havia no Brasil uma psicologia propriamente dita, com terminologia própria, um conhecimento definido ou uma prática reconhecida. Mesmo assim, era crescente o interesse da elite brasileira pela produção e aplicação de saberes psicológicos.

O Brasil deixava de ser colônia e passava a ser um Império, mesmo estando ainda submissa a exploração portuguesa, já existia uma autonomia relativa, as estruturações sociais se modificaram com o tempo se via menos escravos, os fazendeiros com o tempo perdem um pouco o poder, com a criação das Faculdades de Medicina da Bahia e Rio de Janeiro alguns estudantes se dedicavam exclusivamente ao estudo dos processos psicológicos.

A influência européia, sobretudo francesa, sobre o pensamento brasileiro foi marcante. No Brasil penetraram idéias liberais e positivistas, que se somaram à presença ainda forte de idéias aristotélico-tomistas, cartesianas, empiristas, além do espiritualismo francês e do idealismo alemão. No plano pedagógico, particularmente nas Escolas Normais, pontuaram preocupações com os métodos de ensino, enfocando o conhecimento sobre o educando e a formação dos mestres; houve evidente influência de autores como Locke, Rousseau, Pestalozzi, Herbart e Spencer.

A psicologia sempre enfrentou problemas adversos na sua estruturação cientifica, não só no Brasil, estudar o homem é muito difícil visto às condições e aspectos que lhe acompanham e formam a sua subjetividade. A oferta de cursos de Psicologia em instituições de ensino superior aumentou 1.150% nos últimos 15 anos. Até a década de 90, apenas duas universidades disponibilizavam o curso, número que cresceu com a proliferação das faculdades privadas, de acordo com dados do Sindicato dos Psicólogos da Bahia.

Nas últimas décadas, o movimento da Psicologia no Brasil tem questionado o profissional formado e apresentado perspectivas de ensino que permitam uma nova destinação social do trabalho do psicólogo. Para que este trabalho reflita uma atuação genuinamente crítica, a formação deste profissional precisa ter fundamentos teóricos, epistemológicos e metodológicos sólidos, além de profundidade nas relações entre a prática e esses fundamentos.

A História da Psicologia na Bahia


O Professor João Ignácio de Mendonça, ocupante da primeira cadeira de Psicologia na Faculdade de Filosofia, sentia a necessidade de se instituir uma formação universitária específica para o conhecimento psicológico. Coube a ele, no curso de Filosofia, e a Isaías Alves de Almeida, no curso de Pedagogia, a preparação de profissionais com conhecimentos em disciplinas específicas da Psicologia, os quais viriam a constituir os quadros necessários à implantação dos Cursos de Graduação em Psicologia.

Em 1961, mudanças na estrutura de poder da Universidade levaram o Prof. João Mendonça a enviar uma proposta de organização curricular e orçamento ao Conselho Departamental e ao Diretor da Faculdade de Filosofia, onde solicitava providências para a criação do curso de Psicologia. O processo teve duração de janeiro de 1963 até o final de 1967.

Finalmente, em 1968, o curso de Psicologia da Universidade Federal da Bahia, foi criado pelo professor João Ignácio de Mendonça com a colaboração dos professores Manoel C. C. de Mendonça e Mercedes Cunha Chaves de Carvalho, colaboração logo ampliada com a formação de uma equipe composta pelos professores Romélio Aquino, Caio F. Silva de Carvalho e Eduardo Saback D. de Moraes, contando também com relevante participação da Professora Carolina Martuscelli Bori.

Implantado o currículo mínimo, era necessário para sua exijão que fosse ministrada a matéria Psicologia Geral e Experimental, composta por várias disciplinas. Inicialmente foram oferecidos aos alunos os conteúdos de Psicologia Geral, envolvendo tópicos da história da Psicologia, conceitos, métodos, procedimentos e técnicas. Deveriam suceder a estes conteúdos aqueles referentes aos princípios básicos de aprendizagem descritos pela Análise Experimental do Comportamento, devidamente testados em laboratório (conforme exigência do Conselho Federal de Educação para reconhecimento dos cursos de Psicologia). Seria imprescindível a instalação do Laboratório de Psicologia Experimental nos moldes do que já havia na Universidade de São Paulo. Em 1971, foi instalado o laboratório de Psicologia Experimental, nas instalações da antiga Faculdade de Medicina no Terreiro de Jesus.

Ao longo dos anos, o quadro do Departamento de Psicologia da UFBA foi enriquecido com mestres e doutores formados no Departamento de Psicologia Experimental da USP, ou sob a influência de docentes desse departamento. Vários ex-alunos da UFBA, que realizaram seus estudos de pós-graduação naquele departamento, encontram-se hoje trabalhando em clínicas particulares, agências estatais, e até mesmo em outras universidades, no Estado da Bahia ou outros estados do Nordeste.

Um comentário:

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